— Quase
esqueço da descarga.
— Baixou a
tampa?
— Acho...
— Vai lá.
Não podemos deixar vestígio, ele é tão bom, morreria se alguma coisa o
magoasse.
— Não por
menos! Minha patroa também é uma santa.
— Uma anta!
Pra te aturar...
— Fala assim
não.
— Tal e
qual.
— Agora que
me usou...
— Tá bom!
Você até que é bem gostosinho, um diabinho, mas só na cama. Só assim me
interessa.
— Gosto
tanto de ti. Sua ingrata.
— Gosta uma
ova. E se gosta, desgosta, não sou mulher pra você.
— Mas a
gente se dá tão bem.
— Só na
cama, já disse. E pára de lenga-lenga, tu tem tua família, eu a minha, não
complica o que tá bom.
— Que tal um
churrasco lá em casa. Leva ele e as crianças, os pequenos se dão bem, iam
brincar um montão.
— Deus me
livre! Tá vendo, tu não tem ideia que se aproveite.
— Nem é
assim. Pensa, quanto mais naturalmente agirmos, melhor será e vocês já foram lá
em casa, a Ana até pergunta quando vamos marcar algo.
— É, talvez.
O Jorge também já perguntou por que não fizemos mais nada.
— Então...
Assim a gente se vê mais um pouquinho e ainda fazemos um agrado em casa.
— Talvez não
esteja tão errado.
— Já vou
ligar pra Ana, foi ao mercado. Mando comprar umas chuletas.
— Ué? Não
atendeu...
— Vou ligar
pro Jorge, ele foi levar o carro pra trocar o óleo.
— Também não
atende...
LM